sábado, 28 de novembro de 2009

Diamante

Ela queria que eu matasse
Matar, simplesmente, matar
Ganhar um boa e reconhecida mentira
E seguir muito bem nessa farsa de nova vida

Mas eu me retraí diante daqueles olhos
Vi que aquela vida não era minha
Que dúvidas me importunassem pela eternidade
Melhor do que a certeza que carregaria

Às vezes, porém
Eu vejo aquele outro lado, tão fácil
Tão acessível e rápido
Mas não posso crer que tudo ganharei
É impossível ter tudo, intacto

Tudo incomoda sim
Mas eu acho que prefiro essa minha verdade
Secreta, tímida, ignorada
Quem sabe A verdade possa brotar de uma terra acolhedora
À todos

Essa luta que desgasta minha mente
Minha saúde, quase em vão
Mas vou nela por ter certeza
Que eu não procurei sofrer

Essa minha verdade oculta
Te mantém viva até hoje
Nunca te mataria, vida alheia
Exatamente porque tu não és minha
E nunca será.

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