sexta-feira, 30 de outubro de 2009

All star azul, jeep amarelo e outras loucuras.

Eu já sinto o cheiro de natal pela cidade. Logo, logo a Leader vai anunciar seu comercial na TV e aí terei certeza de que já é natal.
Eu li em algum lugar que natal é a reafirmação dos sentimentos de amor e também, de reflexão.
Mas não precisamos do natal para refletir, tampouco para reafirmar o amor. Isso é coisa de todo dia, pouco a pouco.
O natal tão logo estará por aí e tão fugaz quanto, as festividades de ano novo. "Ano novo" já diz muito! Para alguns, representa somente a continuação do outro, uma simples festa. Para mim, não. E acho que de 2009/2010 tem muitas chances de ser algo mágico. Não necessariamente om misterioso minuto entre 23:59 e 00:00, mas sim, tudo o que será (des)construído depois.
Dois mil e dez não terá mais ensino médio e nem menor idade. Será ensino superior, maioridade, emprego e outras coisas mais que não posso prever (graças!). A vida não será mais a mesma.
E quando falei de natal, amor e reflexão, eu me refiro neste post, ao amigos. Ao Victor, Mayra, Deisi, Jonathan. Não é preferência ou desamor para com os outros.
Já brigamos muito, nos magoamos, deixamos de nos falar. Mas isso não foi tanto com o Victor, né? Me lembra algum dia que a gente brincou que eu te dou uma trufa!
Mas além disso, há tantas coisas que sublimam as diferenças. Entre tantas, posso citar: O dia no Cine Glória; as DR's; conversar no 6º andar ou em qualquer canto da escola; apartamento do meu pai; o dia em que Mayra e eu escrevemos o roteiro na minha casa (esquecemos de fazer o brigadeiro!); pracinha do Cine Glória; Mangueira; lama na quinta da boa vista; pingo de leite; "A Comudidade", Bienal (foram duas né, Victinho?) e outras. Coisas que passaram e que tiveram seu tempo exato se ser. Mas ainda persistem em serem amadas.
Os dias lá na escola estão passando devagar. Eu tento gravar o rosto da Mayra, pra não esquecer o quanto ela me parece doce; tento captar Deisi, que exala sensualidade; no Jonathan, que tem um que de inquietação e distração; no Victor, eu não sei ver bem o que. Assim como eu não consigo ver o que eu mostro. Na verdade, eu acho que eu e Victor somos almas gêmeas! hahahaha... não.
Os rostos que temos agora vão passar. As roupas, as mãos, a voz vão mudar.
Há a grande possibilidade de Deisi,Mayra e eu entrarmos na mesma universidade. Mas lá, vamos conhecer outras pessoas, vamos nos ocupar com outras coisas. Vai saber: se eu caso com um gringo rico e vou pra Alemanha(Ha!)? Se Deisi resolve virar hippie? Se Mayra resolve abrir uma pet shop? Sempre foram mil possibilidades e isso não muda. Estaremos juntos quando tivermos que estar e tenho certeza de que não poderia ter sido melhor, porque nossa imaginação é limitada e a vida é um jogo de surpresas.
Dizem pra mim que eu vou sentir falta da escola. Lógico! Eu tenho noção disso agora. Mas é uma saudade boa, uma saudade pra frente. Se que se eu sou o sou (para o bem ou para o mal), eu devo a cada um deles parte algo de mim. É algo espontâneo.
Eu não sei se eles vão ler isso. Talvez o Victor leia. Mas não me importa.
Se [indertemidado], eu tenho certeza que algum de vocês vai ligar o Jornal Nacional e estarão lá me assitindo! E eu quero muito comprar o livro autografado do Victor! Assisir a um longa do Jonathan! Obter informações secretas sobre processos judiciais com a Mayra! E quero comprar um quadro de milhões da Deisi!
E mais ainda, quero que nós sejamos felizes. Nem que cheguemos em casa cansados, com conta atrasada pra pagar, com filho querendo conversar e outros pequenos pedacinhos de vida. Nem que tenhamos mudado todos esses nossos planos.
Vocês são lindos! A beleza da pomba!

***

Eu li em algum lugar que o ínicio de uma nova era não é determinado pelo tempo cronológico. Em outro texto, eu li que as mudanças não são de uma hora para outra, o novo e o velho coexistem. Até você não conseguir viver como antes.

***

Bjs!

domingo, 25 de outubro de 2009

Pra lembrar de você

Minha mão estava suja de lama
Eu a esfreguei com gosto na tua cara
Eu ria com teu desespero
E não foi à toa as bofetadas que depois levei

Seu pezinho descalço chegava silencioso
Assutava-me com grito histérico
Nossos passos ecoavam pelo corredor
E o vizinho batia a porta irritado

Não vá mudar de bairro!
Não vá me fazer chorar!
Não se esqueça de mim
Mesmo não sabendo dizer que te amo

Eu pensei que fosse a última vez
Mas o que seria da avó sem a sua neta?
O que seria de mim sem a melhor amiga?

Casa de avó, casa de tio, churrasco de madrinha
Salão de beleza, festa de amigo, casa de namorado
Casa própria, maternidade, rua e praia

Juntas somos nós duas.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Desatar.

Eu vou fechar a porta, com calma. Você não vai falar nada, nenhuma só palavra. Eu já fui embora.
Eu ando pela noite, cansada. Tão súbito vem aquele remorso, mas eu não desisto, caminho.
Eu não tenho mais nada pra dizer, mais nada pra te explicar, mais nada pra externizar, eu já não tenho mais nada!!
Eu gostaria de continuar escrevendo.
Eu gostaria de continuar falando.
Mas eu não preciso, eu não quero mais.
Me veja da forma que você achar melhor.
Eu vou trancar essa porta.
Vou abrir muitas outras...



domingo, 11 de outubro de 2009

Probabilidade

Paulo e Paula
Fernando e Fernanda
Roberto e Roberta
Lúcio e Lúcia
Cláudio e Cláudia
Márcio e Márcia

Paulo e Fernanda
Roberta e Lúcio
Lúcia e Márcio
Cláudia e Roberto
Márcia e Lúcio

Paulo e Cláudio
Roberto e Márcia
Fernanda e Lúcia
Márcio e Fernando
Cláudia e Paula

Paulo, Cláudio e Roberta
Fernanda, Lúcia e Paula
Cláudia, Roberta e Paulo

Paulo
Roberto
Márcia
Fernanda.



Tô loka!

Para mim e Victor (2)

sábado, 10 de outubro de 2009

Para mim e Victor (1)

Ressonância Magnética

18:06 - Marina e seu pai chegam ao Hospital Adão Pereira Nunes, vulgo, Hospital de Saracuruna. O exame era 17:40. Atrados. Muito atrasadps, pois o exame estava marcado para 15:40. Alguém errou na comunicação.

19:40 - O rapaz da medicação chama Marina: "Você tem medo de agulha?" ela responde "Não." Mas esta resposta fora por demais inocente. Ele aplicaria nela uma tal de Contraste. Marina lembra que há alguns meses atrás, quando foi fazer tomografia na companhia de sua mãe, essa proibiu terminantemente de colocarem esse medicamento na veia de sua filha.
Nesse dia porém ela não estava lá. Marina está tremendo de frio e de nerovosismo. A agulha foi o de menos, mas aqueles tubos bizarros presos com esparadrapo no seu lindo bracinho era o que incomodava. Logo já imaginava que sua secrete doença cardíaca se mafestaria com o uso do Contraste. Seu braço está doendo e ela está chorando que nem uma idiota.

23:00 - Marina é atendida. Entre segura na sala. Entra no tubo. Antes, porém, um carinha diz que ela pode abrir os olhos. Ela responde um "sim" com os olhos fechados. Agora de fato entra no tubo. Barulhos bizarros começam a se manifestar. E o que ela fazia? "Pai nosso que estás no céu..." e "Ave Maria cheia de graça...". Em um determinado momento, pensou que poderia haver uma moeda escondida em seu bolso e então, tudo estaria perido. A moeda ficaria presa no campo magnético da máquina que nunca mais será desligado e todos morreriam ali mesmo. O corpo todo treme. Barulhos bizarros.

23:40 - Marina ouve um pedido para levantar a sua cabeça. O carinha então pergunta se ela ficara com os olhos fechados o tempo todo. Ela diz que sim e mais algumas palavras incompreensíveis. Agradece ao carinha e vai embora. Procura seu pai e de repente, fica muuito tonta e muuuito enjoada. E pior, está sem seus óculos.
Seu pai surge logo depois e ela está tentando se recuperar da tontura. O mocinha da medicação tira os tubos dela e lhe diz algumas coisas das quais não compreendera. Ela nem conseguia falar tamanha confusão.
Marina não comia desde as 13:00 da tarde e isso é muito ruim. Vai com seu pai para cantina e pensa se ao tomar a coca-cola essa não reagira com o contraste ainda presente em seu sangue e aí sim, ataque cardíaco. Mas, pensando bem, ela não sabia de medicina tanto assim.

00:00 - Marina e seu pai encontram o táxi que chamaram. São meia noite, a chuva está forte e eles estão em Saracuruna.

Chegaram em casa são e salvos.

Eu espero estar sã mesmo, só esperar o resultado dos exames.

domingo, 4 de outubro de 2009

Sistemas.

A raiz enrolada mostra as origens
Vai crescendo em vasta rede de pensamentos
Os fios brancos têm nome e sobrenome
As pontas duplas são exatamente os caminhos

até as rugas de preocupação
que se revela na boca mordida
no queixo enrugado
na sensualidade dos seios

que doem no coração
quando é preciso decidir um pouco mais
dói o estômago
arrepia todo o corpo
assusta a mais frágil região

e desce até o movimento inferior
arrepia os pêlos
adormece os dedos

e arrepia o corpo
e cai a lágrima até
relaxar aos poucos
ao contrário
ao encontrar a solução
tão sentida.

Pois então...

Meu destino???????????????

Alcione.

Há muito tempo eu to querendo ouvir Alcione.
Sempre que eu passo em Cascadura tá tocando, mas são sempre músicas recentes do tipo "Perdeu, perdeu...".
Eu queria ouvir Ilha de Maré, mas surrupiaram o cd da minha mãe e até o momento não encontrei no youtube.
Coloco aqui Pandeiro é o meu nome, um vídeo de 1977.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Distante Nós Vamos.



Eu acho que tudo no cinema está relacionado. A luz combina com o roteiro; o cenário combina com a roupa; a fotografia combina com o ator; a história combina com a vida. Essa última combinação cabe muito bem com Distante nós vamos, de Sam Mendes,que está no Festival do Rio e que em dezembro, se não me engano, entrará em cartaz.
O filme é engraçado. Mais um prova da grandiosidade do cinema, em que rir pode vir acompanhando de uma boa reflexão. O filme é romântico, sem ser clichê e é jovem, sem ser idiota. Pois todos os personagens, principalmente o casal principal, estão em uma procura, no caso deles, do melhor lugar para seus filhos, uma nova vida, para os três.
No caminho, eles encontram os tipos mais estranhos de famílias, mostrando para nós que não há uma fórmula perfeita na construção de uma família, mas há sim, algo muito forte: o amor entre os dois e a vontade de criar esse filho que vão acabar por conduzi-los até o seu verdadeiro lar.
E pra completar o que já era perfeito: as músicas, a fotografia, os atores, os diálogos, a direção e etc são ótimos!

É lógico que o filme é muito mais do que esse pouquinho que eu falei.
Vale muito assisti-lo e eu conto os dias para este filme estar mais uma vez por aqui!

Hain, de novo não!

Indecisão das profundezas abissais:

Jornalismo ou História?

Até dia 09/10 para decidir.

Morri.