quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

taxa básica de juros

não, que ideia, eu não vou casar! não sei pq vc quer me convencer dessa ideia, absurda, as nossas vidas são diferentes, do que vc quer me salvar? como eu vou jurar amor eterno a uma pessoa, eu já fiz isso várias vezes desde meus seis anos de idade e não me venha dizer que aquela tenra promessa era coisa pouca. então, eu deveria sempre me desconsiderar pq quando eu ficar bem (burra) velha, eu vou saber de tanta coisa que eu vou me achar uma completa idiota nessa minha época da vida. mas eu não me levo a sério, pq se eu levasse, eu me casaria. mas eu respeito as minhas diferentes etapas de consiciência. é, eu tenho medo, sim, nem todo casamento finda em desgraça, ok. eu não to fechada pra bussiness, eu vou querer me relacionar com alguém, mas eu não quero compromissos eternos. eu nem me aguento no mesmo emprego por mais de dois anos! eu quero o que cada dia possa dar. eu sou inconstante e não tento ponderar nada. dane-se que eu não vá construir nada na minha vida, porra, um dia eu posso acordar e ser bem constante. mas eu não quero atropelar as decisões, eu sou tão jovem ainda. é claro que eu me arrependendo de montão de coisa, mas eu já vive tanta coisa que na verdade o arrependimento é só uma conclusão de um momento e não uma vontade. eu nunca faço escolhas para eternidade. eu duvido e ao mesmo tempo respeito todas as minhas decisões. droga, eu só não quero casar e não quero que vc me convença disso. meus dias são únicos, o amanhã não existe e eu não estou pronta para decisões planificadas.

delirante

eu estou cansada de viver com medo, de me explicar o tempo todo para justificar as minhas fraquezas, para ser aceita como normal. estou tão cansada de te fazer esperar, tão cansada de ter medo de te perder - perder o mundo - por isso vivo com tanto medo. não quero achar mais que qualquer coisa é providência divina para que eu aprenda o que eu vivo ignorando: não haverá desculpas para mim. e nem precisa. quando eu te encontro, eu fico tão embaraçada com meu atraso, como se tivesse mudado algo entre nós. é que para mim muda. tudo muda quando nada vai do jeito que eu penso, quando ninguém entende minhas palavras e meus atos. mas, se eu tenho medo, ninguém deveria me cobrar. na verdade, se eu tenho medo eu não deveria me dobrar. me desculpa, isso não tem nada a ver com você, e se eu me justificasse agora eu diria que eu fico tão insegura com sua pontualidade e com meu constante atraso. mas como esse não é o caso, você sabe é que é com você que mais tenho abertura para falar o que se passa aqui dentro, pois enquanto fiquei presa naquele ônibus, naquele trânsito, tudo mudou. a gente vê tanta coisa em tão curto espaço de tempo, não é? nós nunca escapamos das nossas imagens mentais, também. eu gosto tanto quando você não fala nada e simplesmente advinha meus pensamentos. obrigada, lindo, pelo chocolate pelo sorvete que eu queria exatamente agora, não faço ideia como você descobriu. eu gosto tanto quando você não fala nada e me faz viver e a vida dá todas as respostas, não é? pq eu sempre vivo querendo responder todos os meus porquês.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

ainda na caverna

eu não tenho projeto de vida. acho bonito a ideia de um mundo melhor, não gosto das calamidades humanas que ocorrem hoje em dia, mas eu não tenho muito o que fazer. pq eu não quero fazer nada. eu espero o grande líder. na verdade, eu espero o grande sonho que me faça lutar. eu acho que as coisas são belas e sujas, mas não acredito em nada por um longo prazo. eu grito nas passeatas pelas pessoas, pela energia da fúria - mesmo que seja passageira. eu apoio as causas ambientais, eu apoio as minorias pq isso incomoda as pessoas que eu considero chatas. mas como será o mundo depois de tudo isso? depois do bom ou ruim? não sei. por isso eu falo de coisas pequenas: comida, baladas, amores, roupas, sapatos, filmes e sentimentos. meus assuntos vão sempre se repetir. eu falo de coisas pequenas pois eu não se considero grande. pois eu não considero nada importante. pra mim tudo incomoda ou agrada, sem motivos profundos até a morte. Até que "dona justa" nos mostre as respostas ou outras dúvidas à nível de eternidade.

jardins da babilônia

as cidades não vão parar de crescer - crescer tanto até se destruírem e virarem blocos de metal vazios. falam tanto em desenvolvimento, em obras megalomaníacas, em redes sociais e eu me pergunto: o que isso me representa? voto por votar, trabalho por trabalhar e tudo que eu mais queria agora era só um pouquinho de silêncio. nem mesmo a minha música favorita - será tão querida assim? - me faria ter paz, até mesmo pq o ventilador também faz barulho na hora de dormir. é tão complicada essa situação de depender e querer ser livre: o que seria de mim sem todas as tecnologias? o que seria de mim se algo dentro de mim não gritasse: qual caminha você está tomando? como nada é de graça, todas as imagens e sons estão vendendo uma vida que não é e jamais será minha - mesmo que eu esteja indiretamente inserido nesse processo, uma vez que estou vivo. penso, logo compro. tanta seriado, tando reality-show, enquanto nós mesmos nem sabemos de qual realidade aquilo está se referindo. se você sabe de tudo - de economia à astronomia - me conte tudo sobre o mundo que estou construíndo.

technorockpop

a música embalava um tímido desejo de se embebedar em alcool e saliva - ao mesmo tempo, ao mesmo som, ao longo da noite, de diferentes ritmos e bocas. não sei qual é o encanto em se balançar tantas horas, cantando os grandes hits de vários momentos, de Travolta à Beyoncé. é o pior e o melhor lugar para se estar na juventude, principalmente quando você perdeu tantas noites estudando ou simplesmente chorando pelas frustrações da sua vida. mas é melhor se enfeitar, pois ficar aqui não dançar com vergonha no seu quarto é se preparar paras luzes e sombras coloridas e misteriosas de uma casa qualquer, de uma noite boêmia. somos loucos, covardes, vagabundos, afinal, quem perderia uma noite inteira - de descanço - para se acabar nos limites do seu corpo - por diversão? Se você disser sim para mais essas coisa "sem sentido" da vida, você nunca mais vai perder o ritmo - até ter um trauma ou dizer adeus a juventude (não digo idade). se você disser não, deixe-nos curtir essa maluquice até encontrarmos a luz do dia e as dores de cabeça.

um filme

é impossível caminhar sozinha. já que não acredito em Deus, eu me fortaleço no cigarro e no seu símbolo de poder - e destruição. minha namorada está faculdade, em breve irei encontrá-la e aproveito essas horas olhando para Baía apoiada na Murada. meu melhor amigo está viajando, minha amiga está trabalhando e deles eu sinto saudade. nós nos enontravámos aqui e nossas conversas não faziam o mínimo sentido para quem de longe ouvia por acaso. pq estou parada aqui? pq estou fumando tanto? pq estou sentindo tanta saudade? talvez eu venha a descobrir algo importante ou só estou naqueles dias em que nada é triste ou alegre - tudo é saudade. talvez, esses amigos estejam pensando em mim. vou largar esse cigarro e comprar um picolé. quero abraçar minha menina, ouvi-la falar de suas aulas, comer no Subway e voltar para casa pelos trilhos das minhas lembranças. tem dias que estamos conectados com nossos mais antigos sonhos. acho que é por isso que tenho ligado para meus pais - deixando-os espantados e agora, vou procurar um computador para mandar um e-mail. os sonhos se transformam, eu não sou nada do que nunca quis. ou será que vou descobrir algo importante? que eu descubra e que eu saiba fazer o melhor com meu descobrimento.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Por aí.

Botafogo, Sta. Tereza, Leblon
Posso morar em Oswaldo Cruz
Mas vivo onde estão minhas paixões
Meus movimentos - liberdade
Casa a céu aberto

Quero novamente o Hotel Marina
Essa distância é o meu lar
(sob as estrelas)
De tão vasto que é o mundo
Só ele pode me abrigar

Moro onde moram meus amores
Centro, Lapa, Copacabana, Urca
Quero ter um lar
que não me cheire a passado.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Saudade dos cachos

de carro ela vai por terra
pois gosta de ter os cabelos ao vento
dias e dias para se encontrar
e fugir de mim
um dia, dois, mais, sem mar
sem amor
só vento e poeira aqui
outros ares para ela no Brasil
Se ela voltar
eu estarei correndo, sem fôlego
e pronta para esquecer - e me lembrar
da palavra que a levou daqui.
(amor e mar trazem esperança)