sábado, 30 de julho de 2011

Hoje tive certeza...

De quem longe do trabalho, longe do estudo, longe, enfim, de tudo que envolva cinema eu fico simplesmente perdida. Não sei qual é o ebó que me rogaram que eu fico distante, pensando monte de merda, e não faço o que tenho que fazer. Fiquei hoje, das 11h até às 15h na fossa, enquanto tinha tanta coisa pra fazer. baixou um santo bom que me fez ir ao cinema, comer e voltei para casa feliz e terminei de decupar um roteiro muito lindo que eu escrevi em parceria com um amigo meu.

Nunca mais quero perder uma hora sequer dos meus dias pensando besteira. enquanto existe tanta coisa no mundo para que eu descubra.

e fim de papo.

Nunca

Eis aqui a palavra maldita. A palavra sem sentido, a palavra má. Tão forte é o seu peso que ao proferi-la é estabelecido um pacto com o nada, com o vazio ou com Deus, ou com nossa própria insegurança. Nunca é a tal palavra que sacramenta nossa caráter e nos torna senhores do tempo. É preciso muita coragem para dizer "nunca". E outro tanto de ingenuidade para acreditá-la. Pois, a mesma força que a cria é a mesma que a destrói: o sentimento. Assim são com toda as palavras, parte da linguagem que significa o mundo e ele próprio muda - pelos seus próprios meios ou por nossas mãos. Há muito perdi o senso do tempo, foi-se a capacidade de datar-me e volto no tempo mais pelo que senti, do que pelo que disse. Não sou uma pessoa de palavra? Talvez. Mas sei que sou toda sentimento. Há tantas palavras e expressões que por sua importância jamais gostaria de dizer, como "eu te amo". Não me interessa ouvir ou dizer essas mágicas palavras: já perdi o senso de eternidade. Não me venha com amor, não me venha com nunca, pois dessa confiança não preciso. Só somos racionais até o limite do sofrimento - ou da alegria. Novos, velhos ou meros espíritos a vida é momento. Não quero sacramentar com palavras o que já existe. Vivamos, pois, sem querer controlar o tempo, sem querer nos podar e assim sofrer menos.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

intruso

todo e qualquer sentimento
acaso ou destino que se manifeste
e todo tempo que se investe
se perde num breve momento

qualquer pensamento
uma visão, um piscar
todo de qualquer momento
de alegria ou pesar

somos todos intrusos
agentes sem permissão
humanos cegos em eterna perdição
mas sem desculpas por sermos inseguros

terça-feira, 26 de julho de 2011

balanço semestral

nossa, como minha vida está estranha!
eu tenho lembrado de tantas coisas ultimamente. tenho desejado outras coisas também.
isso é bom, isso é bom...

eu acho que nunca gostei tanto do meu blog quanto agora. e ele, definitivamente, é a coisa mais esculhambada do mundo. um dia eu tive pretensões profissionais com esse blog, com a "publicação" de meus poemas, mas isso caiu por terra. pq meus textos fazem parte de mim tanto quanto um simulacro de crônica. e eu acho fantástico o fato de eu escrever um pouco da minha intimidade nesse cantinho, principalmente, por passar tanto tempo longe dos meus amigos. e eu acho fantástico que poucas pessoas o leiam, e um dia eu já quis que esse blog bombasse... mas ele já bomba por ser um meio de guardar minhas lembranças, que não são só minhas. é uma exposição íntima, mas significante para mim que tem problemas de se expressar... às vezes eu acho estranho, assim como acho estranho toda a exposição das redes sociais, essa vigilância... eu tenho criado certa implicância com esses meios impessoais de comunicação, tenho gostado tanto de estar com as pessoas, tenho preferido até falar pelo telefone quando não dá para chegar perto. mas às vezes eu fico pensando que um dia, um amigo pode encontrar esse blog ou um dia quem já cruzou pela minha vida e descobrir que ainda existo, ou que existi... que um dia existiu alguém como eu nesse mundo. e que eu lembro dessas pessoas.

são tantas coisas que eu gostaria de fazer! mas eu tenho percebido que aos poucos consigo controlar minha ansiedade. é claro que algumas coisas ainda angustiam, mas deve ser assim mesmo, final não sou Buda, mas será, meu deus, será que estou no caminho certo do "equilíbrio"? não sei, acho que a gente tenta tanto algumas coisas e acaba que vai dando certo sem a gente perceber direito... eu acho que não devia botar pra tocar "All I Want is You" (U2, sempre) nesse momento...droga, eu admiro tanto as pessoas que - aparentemente - não questionam a vida e o mundo. até nisso que tenho melhorado, mas é uma espécie de tortura da qual não me privo.

é uma coisa estranha o que estou sentindo. eu não sei dizer o que é.

lá pelos 13...

De noite, à luz de lanterna, eu lia Vinte Mil Léguas Submarinas, de Julio Verne. Ao mesmo tempo, ouvia U2 no meu disckman. E antes de dormir, sonhava com o Alan Rickman.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

gorda!

se me pararem na rua e me perguntarem quem eu sou eu digo: sou gorda.
meu deus, eu sou tão bonita! eu sou linda mas to me estragando toda. não sei o que faz mais mal: comer desse jeito ou fumar. acho preferia fumar, pq aí poderia posar de blazé, mas nem isso.
eu não to conseguindo mais viver assim, está no limite. eu já fiz tantas promessas, há anos todos os dias, mas agora eu não sei, eu realmente tenho ficado triste com esse meu comportamento.
estou chegando a conclusão que: ou se trabalha em cinema ou se tem uma vida saudável.
sabe, eu faço tudo rápido, eu to sempre cansada, eu não tenho tempo pra cuidar de mim. eu também tenho preguiça. mas agora eu me olho no espelho e sempre penso: meu deus, eu sou tão bonita e olha o que eu to fazendo comigo...

ai, nesses meses que eu estive com dinheiro eu tive a maior lição da minha vida: sem força de vontade, sem amor, não se faz nada. nem se tiver dinheiro.

meu deus, eu preciso tomar providências...

domingo, 24 de julho de 2011

eu e o mundo

creio que a pior maneira de solidão é sentir o mundo como companhia. isso deveria ser bom, mas não é. esta frase pode ser lida de várias maneiras, retorcida, desmembrada e vemos então uma mulher que sabe estar dentro de uma realidade, mas o mesmo tempo, distante dela.
sozinha. simplesmente sozinha.
e como disse um compositor: "tudo é dor, e toda dor vem do desejo e não sentirmos dor". só por que fui me apaixonar, me envolver, querer tanto alguém por perto que me encontro nessa solidão. nesse minuto de solidão. em que nada acontece, em que a cabeça fica confusa e eu questiono minha vida tal qual a luz ilumina em outro lugar você com alguém, feliz -  e para completar o drama - lembrando de mim como um belo brinquedo. que prazer machucar, aquela menina, ô!
por mais que eu questione o amor, a paixão, o desespero, às vezes eu não consigo ser forte, impávida. a vontade de estar com você chega a me dor no corpo que sente falta de algo que nunca teve. mas o desejo nasce e se instala sem permissão, sem pudor ou respeito.
tem dias que eu esqueço disso tudo e as minhas filosofias de equilíbrio e esperança fazem todo sentido. se fazem presente, se tornam concretas através de mim. mas há dias em que não consigo enxergar na minha frente, tudo embaça.
quando você quer chegar em casa e não tem ninguém pra te abraçar, beijar, te olhar com carinho. isso é um vazio irreparável. talvez um dia eu consiga enrijecer meu coração e para de sofrer.
um minuto. três minutos de uma música, talvez.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

11...

... em vez de fazer uma coisa e outra de forma certa FAÇA TUDO da forma certa. sem brechas e pendências.

noção do rídiculo

Há pessoas que tem a mania de ficarem me dizendo o que fazer. Só pq eu não tomo a atitude que você tomaria isso não quer dizer que o que eu fiz (mesmo não fazendo "nada", o que já é alguma coisa) é errado. Meta-se na sua vida, pois aqui existe uma pessoa que pensa. Quer me fazer um favor? Vá se fuder.

=D

domingo, 17 de julho de 2011

Harry Potter

Na sexta-feira assisti ao último filme da saga Harry Potter.

(alguém tem dúvidas de que 2011 está sendo o ano decisivo na minha vida?)


Assisti na companhia do Victor, um grande amigo. Cheguei no Norte Shopping 17h e já tinha desde 16h30 uma fila considerável para sessão de 18h30. Enquanto esperava, vi um grupo de fãs fazendo cosplays e encenando batalhas mágicas no pátio do shopping. Vestidos a caráter. Achei louco e muito lindo, divertido. Me lembrei logo da esperas dos outros filmes, como Prisioneiro de Azkaban e Cálice de Fogo no Madureira Shopping, em que víamos fãs assim e descolávamos conversas com desconhecidos.
Encontrei o Victor e ainda esperamos um bom tempo até entrarmos. Já na sala, nossos amigos cosplays realizaram mais uma cena - a da batalha final - maravilhosa. O clima de todo cinema era de muita ansiedade. O filme então começa e todos gritam. "Meu Deus, está acontecendo: estou vendo o último filme de HP!!"

(...)

Esta não é uma crítica sobre o filme. Mas é digno dizer algo sobre: é muito bom. Assim como a primeira parte: o ritmo é bom, os atores e é claro, a música, a arte e os efeitos especiais lindos, articulados. Um grande espetáculo de fato. Um grande filme, de cinema mesmo.

(...)


(olá, somos suburbanos e tiramos fotos de dentro do cinema, bjo)

Várias vezes chorei ao longo do filme, assim como gritei e aplaudi - eu e o cinema todo - em vários momentos. Eu gosto muito disso no cinema:  as pessoas se emocionando juntas. O filme já tá lá feito, mas você se emociona e o filme  já tem seu ritmo montado, mas parece ser conduzido pelo espectador. Aplaudimos não exatamente ao Daniel Radcliffe e Ralph Fiennes, mas à emoção que sentimentos e compartilhamos. Principalmente para mim, para o Victor e para mil outras pessoas que estão com Harry Potter há dez anos e pouco, entre livros e filmes.
Esta série literária e cinematográfica formou uma geração, mesmo que nem todas as pessoas transitassem nesses dois meios, de acordo com suas preferências. Não sei qual a característica dessas pessoas (não sou antropólogam, beijos), mas eu posso dizer que sem HP minha vida teria sido completamente diferente. HP mudou minha vida.
Eu li A Pedra Filosofal em 2001. Meu primo me emprestou. Eu curti e pouco tempo depois eu acho o filme foi lançado e eu fui lá assistir com minha mãe. Faça as contas: eu tinha NOVE ANOS. ENTENDA, NOVE ANOS!!!!!
A partir daí a coisa deslanchou: comprei a Câmara Secreta (livro - que veio com marca página lindo do Cálice de Fogo), depois assisti o filme, lá no Carioca Shopping, em Vicente de Carvalho. Depois, eu assistia TODO SANTO DIA a Câmara, até minha mãe resolver de deixar a locadora rica com um único filme e me deu de presente o DVD. Nunca me esqueço desse dia. Meu ápice de loucura foi com Prisioneiro de Azkaban, meu livro e filme favorito da saga. (nota: em segundo, fica este último filme que é maravilhoso!). Chorei absurdos quando meu pai pode trazer o DVD de "Prisioneiro" no dia do lançamento. Acho que ele foi de noite, coitado, tão tarde pra me trazer o filmes. Demorei para ter "O Cálice de Fogo" ou para vê-lo novamente, pois eu meus amigos haviam brigado comigo e as lembranças eram muito fortes, não conseguia assistir.
A partir de Ordem da Fênix, comprei os livros na regularidade. Mas já não era tão tiete. Não sei porque essas coisas me acontecem, mas acho que é assim, nossos interesses mudam. Mas a expectativa existia e meu amor sempre ficou aqui, muito caro, importante, essencial.
Eu lembro que meus primeiros amigos, amigos feitos no Lemos de Castro foram através de HP. Fomos às estreias, compartilhamos livros, filmes, textos, sonhos. Entravamos no Potterish escondidos na biblioteca (haha, meliantes!), tínhamos um grupinho sobre HP (sabiamente batizado de "A Ordem da Fênix") e eu praticava um magnifico clube de duelos com minha prima.
Você não tem noção - ou talvez tenham - do quanto HP é importante na minha vida. Foi tão impactante, pq, apesar de Casablanca ter me feito querer fazer cinema, foi por causa dos filmes de HP (e também Senhor do Anéis, Matrix) que me levaram até todos os tipos de filme que vejo agora. Foi tão forte a avalanche de emoções e lembranças: eu era um cotoco de gente qdo assisti "A Pedra" não sabia nada de cinema e agora, com DEZENOVE ANOS, eu vejo que por causa de "A Pedra" e todos os outros filmes que acabei escolhendo cinema para fazer na vida.
Eu vi todos os 3 primeiros filmes incontáveis vezes. "Prisioneiro" era todo santo dia, só parando para assistir Casablanca (tbm todo santo dia rs). E o que é lindo no HP é que é uma saga de crescimento e não é idiota como outros livros infanto-juvenis. A literatura é simples, mas é tão criativa, grandiosa, bonita e ler. A identificação e envolvimento é inevitável.
HP me lembra de tudo que eu conquistei de bom na minha vida. Conecta meus pais e meus amigos, alguns que já não vejo mais e talvez nunca mais verei, mas que compartilharam de HP em algum momento da minha vida. Eu lembro de tudo.
Nesse texto eu nem pude escrever tudo que gostaria. É MUITA COISA!!!! E tbm que não parei de chorar nesses quase dois dias em que me diverti muito e me emocionei tanto quanto. Foi um final de semana de fortes emoções, Brasil, final de novela das nove hehe.
HP acaba no sentido de ineditismo. Mas não de emoção, de envolvimento. É provável que eu leve outros 10 anos, relendo os livros, revendo os filmes - talvez, e eu realmente espero, por mil motivos - que eu leve isso pra vida toda. O que eu tenho certeza é que não vou esquecer desses anos da minha vida que eu compartilhei com HP. 

(haha vou virar aquelas velhas de 50 anos que perde a noção e vai vestida e HP e espalha bonequinhos da série pela casa. tipo, fã do Star Wars, vcs sabem como é..)




(olhe para essa foto, sua pastinha de fã de HP, DVDS, livros e chore  por ser tão feliz)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

15 de Julho

1 - trabalhos de fazem com antecedência - uma semana antes é o limite, já quase esculhambando.
2 - filme se assiste até o final. e depois se faz critica.
3 - melhor ficar perfeccionista do que uma depressiva.
4 - melhor dar a cara a tapa, do que se machucar sozinha.
5 - melhor ler um livro por ano, mas que seja lido.
6 - melhor levar um pé na bunda, pq levanta.
7 - melhor ficar triste do que refletir sobre a tristeza.
8 - melhor ter os amigos por perto, do que via internet.
9 - melhor esquecer de tudo e sentir.
10 - manifesto de Oswaldo Cruz.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

?

respostas:
transcendemos
ou contestamos

enlouquecemos
ou procuramos
outro saber.

domingo, 3 de julho de 2011

visões

eu fecho os olhos
para pensar em ti
pra que olhos abertos
para olhar o mundo
mas sem ver você?

entre palavras cibernéticas
eu espero
o dia em que meus olhos
terão você
sem mediação alguma

a voz que passa pelas antenas
chega aos meus ouvidos
sem o calor dos teus lábios

ainda há de me deixar louca
esses desencontros
essas visões ilusórias
tu és o mistério
vives em minha memória
tua existência apenas deixa rastros
em caixas de mensagens.