sábado, 28 de novembro de 2009

Uma mulher de brio

Ela acorda bem cedo, amanhã nascente
Esperança de um dia feliz
Completo e bem feito
Alimentado e satisfeito

O pai já já fora trabalhar
Um dia inteiro sem ele
E ele chega ainda querendo ficar só
Está difícil reconhecê-lo dentro de casa
Mas ela o segue, mas ele não a vê

O filho lava a louça
obrigado, mas acostumado
O futebol fica para depois dos estudos
Há muito coisa pra se viver filho, faça a coisa certa

Ela faz a comida
Limpa a casa
Cuida da senhora, abandonada vizinha
Marlene depois telefona para ela
E trocam fofocas de coisas diárias

Enquanto a roupa está na máquina
Ela lê um livro dado pela sobrinha
Seus olhos já não são os mesmos
Mas persiste com carinho
Pela palavra e pela menina

Chega o marido, cansado
Chega o filho, sujo de rua
Um quieto, outro feliz
Mas um novo dia tá pra surgir

O marido está deitado na cama, distante
Ela está na sala pensando
Que está tão só e tá difícil
Estabelecer a administração da casa
A administração de sonhos, pequenos sonhos

Que poucos se dão conta
Ela quer só o bem do filho
Menino bom, menino sabido
Quer saber mais do marido

Está difícil seguir o seu bom caminho
Mas ela não desiste, não
Segura na mãe de Deus
e vai.

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