quarta-feira, 29 de junho de 2011

que coisa...

"Não há saída: quem não lê não escreve,e quem não escreve não sabe o que pensa. Só a escritura é capaz de explicar, para nós mesmos, o que pensamos."

Edgar Moura - diretor de fotografia.

Para que eu nunca esqueça
Para que essa seja uma frase impacto para novas palavras
momentos
acontecimentos.

terça-feira, 28 de junho de 2011

desatino

nunca tive a ilusão
de encontrar o amor
e nele me elevar
às mais altas virtudes do ser

eu tento te amar
do jeito que profetizam os poetas
mas a ti só quero teu corpo
quero tua voz, teu prazer
não sei lhe causar felicidade maior

amor não existe
existe desatino
e nem esse será eterno

tenho a certeza somente
aquela que dos teus olhos emana
não confie nas minhas palavras
perceba em mim se te quero
e nunca se te amo.

radical

ninguém precisa saber
que eu poderia ser
flexível, adorável

esse clima
transitório de paz
e beleza

é vista grossa
de nossos olhos cansados

serei inflexível
até ser abatida
pela verdadeira tormenta

pois não encontro
caminho outro
a não ser o do confronto

(na morte não há corrupção).

sábado, 25 de junho de 2011

noite

não acredito:
"Deus ajuda a quem cedo madruga"
Prezo as minhas noites
e as viagens nelas realizadas

dentro da minha mente
sentimentos
não há nada que me limite
de noite
este silêncio, meu império

quero estar sempre acordada
quando não preciso me esconder.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

dedilhar ao vento

silenciarei
esse tom
de lamento
de desolação
de pena

eu vou sussurrar
uma canção
uma palavra nova

eu quero paz
e paz é assim indefinido

eu quero silenciar os medos
viver apesar, viver além

eu quero recuperar
minha antiga e nova palavra
brutalmente arrancada

eu quero silenciar minha mente
quero andar por lugares indefinidos

silenciar, silenciar
deixar-se levar pelo vazio

e voltar cantando
a velha nova palavra
de corpo inteiro
a se descobrir.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

we float

we dance
we choose
we cry
we and myself
my days
we die.

"take life as it comes"

terça-feira, 14 de junho de 2011

doubt

decepção só existe ao se esperar de alguém
algo que não se pode garantir

"posso dizer que te amo hoje
mas não posso garantir que te amarei"

esperamos de nós o que não podemos prever
não posso me eximir da culpa
pois ela não existe
só não posso prescindir de responsabilidades

"todo caminho só existe ao caminhar"

vejo agora até sabe lá quando que
não sei se evoluo
mas sei que não posso ter medo
de transitar

não há coisas infantis ou adultas
somos seres humanos desde sempre
existe escolhas

eu não sei, coração, eu não sei
não sei mais o que é certo ou errado
eu acredito no imprevisto da realidade

talvez devêssemos todos voltar a acreditar
na paz mundial
nos bom-mocismos
mas toda decisão chega aos seus limites

e me cansa escrever sobre sentimentos
me cansa escrever sobre hipóteses

se já acredito em mim
é muita coisa
e mesmo assim é difícil

não tenho medo dos olhos flamejantes da discordância
não tenho medo de pedir perdão
me incomoda muito mais não saber como é ser livre
em troca de uma segurança na qual, hoje
já não acredito mais.

domingo, 12 de junho de 2011

Tudo novo de novo...

Olá, queridos dois leitores e meio

Hoje percebi que aquele frase clichê "a felicidade está mais perto do que você pensa" (ou algo assim) faz TODO o sentido do mundo.

É estranho também como a sensação vinda da frase "viver a vida" (...até virou nome de novela...) me parece maravilhosa nesse momento.

AGORA VOU PARTIR PARA O CLICHÊ COMPLETO

"(...) Já não me preocupo se eu não sei porquê
às vezes o que eu vejo
quase ninguém vê
eu sei que você sabe quase sem querer
que eu vejo o mesmo que você (...)"

Eu estou Marina Moreira, estou com 19 anos.
Minha alma pode ter vivido milênios
O "ser" dela é algo que jamais irei saber.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Segregações

Estou cansada de ser
a pobre
a cultizinha
a lésbica
a hetero
a negra
a estudante
de ser um rótulo

Estou cansada de não ser
uma pessoa
e todas as pessoas podem ser
o que quiser

Todas as pessoas são o que são
As cotas jamais eliminarão a
desigualdade dos conceitos humanos

É preciso que no mundo exista
somente seres humanos.
Hoje somos meras piadas.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Uma vida sem desculpas

Sou mulher contemporânea
Não existe para mim culpa
Tanto posso hoje ser quieta
Amanhã, implacável

Tanto faz salvar o mundo
Tanto faz viver pela vida
Salvamos o mundo vivendo
o que pulsa, o que mata
de amor, de sentimento

Sou contemporânea de que?
Ainda das segregações
das guerra e humilhações
Há os que ainda vivem a Idade Média

"mea culpa?
cada um que vai cuidar do seu"

Mas o mundo que é hoje
foi pior ontem

A mulher que sou hoje
(pela primeira vez, início)
A mulher que serei amanhã
(o amadurecer)
Foram feitas das lágrimas
insanidades
loucuras
gritos
profundos silêncios
de perceber
e enfrentar o mundo.

domingo, 5 de junho de 2011

ausência

ausência
ausência
ausência
ausência
ausência
ausência
ausência

eu ia escrever um poema
cujo título seria
ausência.

sempre livre

é preciso ter muita coragem
para se desprender

aquela mulher que hoje é livre
já chorou e sofreu
e lidou com o sofrimento dos outros

olha lá, como é bela
a mulher livre