domingo, 29 de maio de 2011

Aprendi, sabe-se lá como, que jamais faria promessas. Um dia, minha antiga namorada pediu que eu dissesse que a amava e eu disse: eu te amo. hoje.
Ela me olhou com tamanho descrédito que a noite virou um incômodo silêncio do fim.
Às vezes, sozinha, andando pela cidade num ônibus qualquer - parecem ser os ônibus a extensão da minha vida e sua metáfora: me levam pela cidade em que cada caminho vira minha história e ora ele fica cheio e vazio de pessoas. E lá está meus pensamentos, pensei: viver um dia após o outro.
E essa tal resolução não significa nada. Até porque eu não consegui jamais entender os conceitos de certo ou errado; melhor ou pior; bom ou ruim. 
Eu sou o exemplo de sem rumo. Na verdade, eu tenho o rumo das minhas vontades. A única coisa que me guia é o sorriso e as lágrimas dos outros.
O viver um dia após o outro é a coisa mais ridícula do mundo. É mais uma daquelas frases que evidencia nossa incapacidade de ter o verdadeiro conhecimento do mundo.
E eu não sou livre! A sociedade tenta vender a liberdade o tempo inteiro e nos joga aonde? Onde nos jogamos? Como eu queria perceber o mundo! Qual dos sofrimentos vou querer: da ignorância ou da descoberta?
Oh Céus, vivemos tanto para chegar a conclusões como: viver um dia após o outro?


quinta-feira, 26 de maio de 2011

Morrendo antes de saber...



Só uma coisa me entristece

O beijo de amor que não roubei
A jura secreta que não fiz
A briga de amor que não causei
Nada do que posso me alucina
Tanto quanto o que não fiz
Nada do que eu quero me suprime
De que por não saber ainda não quis
Só uma palavra me devora
Aquela que meu coração não diz
Só o que me cega, o que me faz infeliz
É o brilho do olhar que não sofri





Quando você começa a ouvir JURA SECRETA da SIMONE, você se encaixa nas seguintes opções:


(  ) é sapatão
(  ) é bicha velha 
(  ) é um looser do caralho
(  ) nenhuma das opções da piadinha


Eu não acho digno que alguém aos 19 anos ouça esse tipo de música depressiva. Ou melhor, ouvir pode, a música é bonita, porém sentir tudo aquilo que está lá é um pouco demais.
Resumindo, para mim, tal música é o lamento de alguém que viu a vida passar, de quem mesmo não sabendo, não quis, foi adiando certas vontades para chegar a ter certezas. Foi adiando por medo e etc.
Não vou aqui dizer:


"POIS ENTÃO GENTE APROVEITEM A VIDA, FAÇAM TUDO O QUE QUISER, PQ A VIDA É CURTA!!! S2"

Não.
Sobre essa música nas suas infinitas interpretações eu quero dizer:


Pois bem, eu escrevi isso essa semana quando eu finalmente consegui superar minhas crises existenciais causadas pelo meu cansaço. Eu fiquei pensando não só no meu cansaço - que há de terminar um dia, quando as coisas melhorarem - mas também naquelas coisas boas que não acontecem ou que acabam e a gente acha que é O FIM DO MUNDO.
É aquela coisa: chora tanto por uma tristeza., que vira sofrimento - não querendo desmerecer os sentimentos de ninguém - e depois, a vida passa e o tempo que você chorou por uma coisa, poderia estar chorando por outra!
Mas isso eu aplico a minha vida. Sabe-se lá se vai fazer sentido na de alguém. É que eu acho que comecei a sacar essa ideia que sempre estava pelo ar...
Pode chegar o dia também em que eu nem acredite mais nisso.
Então, de alguma forma eu acabei dizendo aquela frase que não queria, não é? Mas calma, essa é minha chance de contornar: aos 19 anos, sim, o que sabemos é muito importante, mas não é tudo. Para quem assume que adora viver num drama, no sofrimento eterno ou que enfim, tem problemas mesmos (afinal, não é fácil viver nesses dias de hoje) eu posso estar parecendo uma escrota. Mas só queria expor algumas ideais...
Pra citar outra música: "cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração" - Epitáfio, Titãs.
Eu digo isso e não estou na minha fase 100% da minha vida. Não citei "Jura Secreta" por acaso. Andava ouvindo essa música querendo cair na fossa, sofrendo já pelo que não tinha feito, sofrendo pelas minhas ilusões. Mas hoje, vi que a música é linda e que não deveria funcionar como o arauto dos meus sentimentos.


Eu só tenho 19 anos.




PS: Gente, eu jamais quis ditar fórmulas de vida. Eu não sou Deus (ou qualquer instância superior) pra dizer como se deve viver

Segundas à Quintas

Três meses.
Um ano e meio.

Acho que o aprendi nesse tempo
paralelo
é tomar decisões.

Esperando a vida começar

Quem dera fosse somente tirar a identidade definitiva. Aquela sem validade.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Marina Gasolina

Um dia desses eu fui assistir Velozes e Furiosos 5 com uma amiga querida e aí já viu né... eu que há anos vivo assistindo filme japonês, coreano, tailandês fiquei bem babaca, querendo roubar carro por aí.

O fato é que eu estou muito distante desse universo, desses tipos de filmes cinemão de massa, ação boladão. E na verdade, como espectadora, foi um reencontro muito agradável. Por que eu fiquei com pena do filme. Porque o filme não é muita coisa. Pq eu não tenho como odiá-lo. A história é tão incrivelmente rala que, por exemplo, eu achei o Vin Diesel um ator maravilhoso para as situações, diria, água com açúcar do filme.

E acho que foi exatamente por isso que eu curti assistir o filme (O VIN DIESEL?!). Não, mas essa falta de ter que pensar. Essa falta de ter que me chocar. Essa falta de interação. Quer dizer, claro que existe uma interação, eu realmente quis sair por aí e roubar uns carros, mas eu quero dizer é que cara, foi literalmente, “senta aí e curte a vibe”.

Quer dizer, alguns filmes dos Coen também são “senta aí e curte a vibe”, mas a diferença é notável, a qualidade de um “Onde os Fracos Não Têm Vez” é muito superior. Enfim, nem sei se a comparação é válida...

E eu nem quero tecer comentários sobre a visão do Brasil no filme. Não diria que é depreciativa, quase lá, mas me deu a sensação de ser um lugar sem lei, um bairro aí dos EUA meio zona livre. PQ CARA, O GANGSTER DO FILME TEM UM COFRE DENTRO DA PM! Isso é esculhambação! No filme, é um puta motor pra história, um desafio dos bons, mas traz uma visão bem estereotipada do Rio, do mundo.

É isso!

PS: o fato de eu terminar meus textos com um "é isso", significa charme e nunca uma preguiça de utilizar os métodos da boa redação na língua portuguesa.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Transe

No amor é impossível pedir algo
Não adianta dizer o quanto sofreu
O quanto sacrificou

Não se pode exigir acordos
Para corações vivos

Não se pode exigir amor
De quem o sente no mundo

E quem assim vive
Não ama
Inventa.

(o amor no mundo, o amor sem exigências
utopias de quem não quer ter nada a perder)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Guarda

Olá, queridos

Quero postar hoje um poema lindo do meu  cunhado  poeta Antônio Cícero¹.


Guardar uma coisa não é esconde-la ou trancá-la
Em cofre não se guarda coisa alguma
Em cofre perde-se a coisa à vista
Guardar uma coisa é olha-la, fita-lá, mira-la, por
Iliminá-la, isto é, ilumina-la por ser por ela iluminado
Guardar uma coisa é vigia-la, isto é, fazer vigília por ela
Isto é, velar por ela, isto é, ficar acordado por ela
Isto é, estar por ela ou ser por ela
Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro
Do que um pássaro sem vôos
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica
Por isso se declara e declama um poema;
Para guarda-lo:
Para que ele por sua vez guarde o que guarda
Guarde o o que quer que guarda um poema:
Por isso lance o poema
Por guarda-se o que se quer guardar.


É isso! =D

¹ Ele é irmão da Marina Lima, gente.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Guarda

Olá, queridos

Quero postar hoje um poema lindo do meu cunhado

Que mulher sem palavra!

Minha percepção de tempo está completamente desequilibrada. Eu achei que tinha sido há muito tempo havia decretado o fim deste blog. E foi há pouco mais de um mês. Muito estranho...
O fato é que só fui saber o quanto ele era importante quando eu deixei ele de lado. E como ele não é uma pessoa, é um produto meu, uma extensão de mim, eu posso agora voltar boladona com suas/nossas atividades.
Porém sem alarde. Sem promessas. Sem cobranças. Só que quero que ele exista.

***

Muita coisa, muita coisa mesmo aconteceu nesse um mês (juro que tem mais tempo...). Fui a algumas boas baladas na vida, enchi a cara, dancei; comecei o estágio e minha cabeça está povoada de novas ideias e minha vida como um todo, novas experiências; comprei umas roupas novas, livros; tive paixonites por certas pessoas; alguns dias de depressão profunda e incontáveis crises de ansiedade; a faculdade está indo lá... Além disso, completei meus 19 anos dias atrás. E etc e etc...

Nada muito diferente, não é? Só na aparência. Ou eu que dou muita importância a cada coisinha?

***

Eu voltei a escrever. Vou postando aos poucos.

Abraços!