Raquel estava sentada no sofá da sala encarando cada móvel, cada piso, cada parede daquela sala. A sensação ainda era a mesma: sair, fugir de lá.
Miguel havia ido a cozinha pegar um copo de água. Raquel não queria encontrá-lo, mas achou mais civilizado fazê-lo, depois de tanto tempo de distância e silêncio.
Não havia satisfações para dar, não havia explicação. Ele sabia porque ela tinha ido embora e sabia agora porque voltava. Raquel queria a filha junto dela e não naquele ambiente que para ela era sofrido e confuso. Se não a tinha levado antes, era porque ela não estava forte e nada tinha a oferecer a filha.
Era uma mulher recém separada, que poderia ter ficado com aquela casa, com algum dinheiro, computador o que fosse, mas ela não poderia ficar com tudo o lembrava o fracasso de uma vida que tinha tudo para ser bonita. Raquel não podia negar, mas tampouco admitiria que ainda amava Miguel. Foram amigos muito antes de namorarem, ele era um irmão torto, um amigo sem igual. Era feio quando se conheceram, mas o brilho e o calor já existiam em Raquel e não podia representar só uma grande alegria em só pensar naquele amigo.
Quando cresceram, a amizade já era forte, Miguel tornou-se um rapaz bonito e de notável inteligência. Sim, como ele era bonito, jovem, bom. Mas apesar de toda a sinceridade que tinham um pelo outro, Raquel nem podia imaginar a verdade que poucas pessoas sabiam. Nem Miguel gostava de admitir que estava enganando a sua futura esposa em relação a todos os problemas de dinheiro em sua família.
Mas isso não era empecilho para a felicidade de ter se encontrado o amor. Raquel só namorou uma vez, e por pouco tempo, um rapaz antes de se acertar com Miguel, num ato de desespero em pensar que o amigo nunca tomaria uma decisão. O futuro era tão bonito, tão feliz. Os dois trabalhavam em empregos seguros, tinham uma casa boa (mesmo que alugada) e prometeram que nunca se deixariam, pois não havia razão alguma para isso.
Raquel esperava a filha voltar do colégio para levá-la a um passeio. Ela ainda receava em levar a filha embora por medo de confundir a filha com todos esses problemas de duas casas. E Lulu era muito, muito apegada ao pai e este nunca recusou em educá-la e fazer coisas que eram de mãe (só não dava leite, pois era inviável biologicamente). Ela cresceu três anos nessa loucura de não ter a mãe perto o tempo todo e de muitas vezes se socorrida pelo tio e ser levada para a casa da avó, por conta dos problemas que se agravaram em relação a seu pai. Agora era uma menina de doze anos, bem grandinha, e talvez já pudesse decidir com quem ficar.
Raquel queria mostrar-lhe um mundo mais bonito, diferente daqueles sem problemas o tempo todo que a muito custo, Raquel conseguiu conquistar para ela mesma. Era agora uma mulher sozinha, com uma casa, com um emprego e uma vida para recomeçar ao lado da filha. Queria tirar daquela falsa esperança, da influência do pai e da avó e mostrar-lhe de um outro modo, a menina já sofrera demais!
Tudo isso passou pela cabeça dela muito rápido, e quando abriu os olhos as imagens demoraram em se formar. Miguel a olhava segurando o copo d’água no ar. Raquel o olhou sem poder encará-lo, pois não sabia se choraria ou enfiaria a mão na cara dele. Então ele teve a ousadia de iniciar um diálogo:
- Nós precisamos conversar.
- Não há nada para se conversar, Miguel. Se for da vontade da Lulu, ela vai vir morar comigo e você muito bem que nós duas temos esse direito e vai ser melhor pra ela.
- Mas as coisas estão melhorando e ela sempre viveu aqui.
- Não, não me venha com histórias! É melhor para ela mudar de lugar, respirar uma nova vida! Aqui é triste demais.
- Tá bom, mas...
- É claro que você vai vê-la!
Lulu chegou um pouco depois. Como a filha estava linda! Linda! As duas ficaram abraçadas um longo tempo e pela primeira vez, Raquel sentiu nela também felicidade em ver a mãe. As duas então puderam curtir o que tinha de melhor na cidade naquele dia.
Miguel havia ido a cozinha pegar um copo de água. Raquel não queria encontrá-lo, mas achou mais civilizado fazê-lo, depois de tanto tempo de distância e silêncio.
Não havia satisfações para dar, não havia explicação. Ele sabia porque ela tinha ido embora e sabia agora porque voltava. Raquel queria a filha junto dela e não naquele ambiente que para ela era sofrido e confuso. Se não a tinha levado antes, era porque ela não estava forte e nada tinha a oferecer a filha.
Era uma mulher recém separada, que poderia ter ficado com aquela casa, com algum dinheiro, computador o que fosse, mas ela não poderia ficar com tudo o lembrava o fracasso de uma vida que tinha tudo para ser bonita. Raquel não podia negar, mas tampouco admitiria que ainda amava Miguel. Foram amigos muito antes de namorarem, ele era um irmão torto, um amigo sem igual. Era feio quando se conheceram, mas o brilho e o calor já existiam em Raquel e não podia representar só uma grande alegria em só pensar naquele amigo.
Quando cresceram, a amizade já era forte, Miguel tornou-se um rapaz bonito e de notável inteligência. Sim, como ele era bonito, jovem, bom. Mas apesar de toda a sinceridade que tinham um pelo outro, Raquel nem podia imaginar a verdade que poucas pessoas sabiam. Nem Miguel gostava de admitir que estava enganando a sua futura esposa em relação a todos os problemas de dinheiro em sua família.
Mas isso não era empecilho para a felicidade de ter se encontrado o amor. Raquel só namorou uma vez, e por pouco tempo, um rapaz antes de se acertar com Miguel, num ato de desespero em pensar que o amigo nunca tomaria uma decisão. O futuro era tão bonito, tão feliz. Os dois trabalhavam em empregos seguros, tinham uma casa boa (mesmo que alugada) e prometeram que nunca se deixariam, pois não havia razão alguma para isso.
Raquel esperava a filha voltar do colégio para levá-la a um passeio. Ela ainda receava em levar a filha embora por medo de confundir a filha com todos esses problemas de duas casas. E Lulu era muito, muito apegada ao pai e este nunca recusou em educá-la e fazer coisas que eram de mãe (só não dava leite, pois era inviável biologicamente). Ela cresceu três anos nessa loucura de não ter a mãe perto o tempo todo e de muitas vezes se socorrida pelo tio e ser levada para a casa da avó, por conta dos problemas que se agravaram em relação a seu pai. Agora era uma menina de doze anos, bem grandinha, e talvez já pudesse decidir com quem ficar.
Raquel queria mostrar-lhe um mundo mais bonito, diferente daqueles sem problemas o tempo todo que a muito custo, Raquel conseguiu conquistar para ela mesma. Era agora uma mulher sozinha, com uma casa, com um emprego e uma vida para recomeçar ao lado da filha. Queria tirar daquela falsa esperança, da influência do pai e da avó e mostrar-lhe de um outro modo, a menina já sofrera demais!
Tudo isso passou pela cabeça dela muito rápido, e quando abriu os olhos as imagens demoraram em se formar. Miguel a olhava segurando o copo d’água no ar. Raquel o olhou sem poder encará-lo, pois não sabia se choraria ou enfiaria a mão na cara dele. Então ele teve a ousadia de iniciar um diálogo:
- Nós precisamos conversar.
- Não há nada para se conversar, Miguel. Se for da vontade da Lulu, ela vai vir morar comigo e você muito bem que nós duas temos esse direito e vai ser melhor pra ela.
- Mas as coisas estão melhorando e ela sempre viveu aqui.
- Não, não me venha com histórias! É melhor para ela mudar de lugar, respirar uma nova vida! Aqui é triste demais.
- Tá bom, mas...
- É claro que você vai vê-la!
Lulu chegou um pouco depois. Como a filha estava linda! Linda! As duas ficaram abraçadas um longo tempo e pela primeira vez, Raquel sentiu nela também felicidade em ver a mãe. As duas então puderam curtir o que tinha de melhor na cidade naquele dia.
AAAAAAH GENTE ACABOU MAYSAAA!
É, foi legal! *Marina sem saco para fazer crítica*
Espero que vocês tenham curtido o que eu escrevi.
Fiquem em paz!
bjsmeliga!
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