sábado, 10 de outubro de 2009

Ressonância Magnética

18:06 - Marina e seu pai chegam ao Hospital Adão Pereira Nunes, vulgo, Hospital de Saracuruna. O exame era 17:40. Atrados. Muito atrasadps, pois o exame estava marcado para 15:40. Alguém errou na comunicação.

19:40 - O rapaz da medicação chama Marina: "Você tem medo de agulha?" ela responde "Não." Mas esta resposta fora por demais inocente. Ele aplicaria nela uma tal de Contraste. Marina lembra que há alguns meses atrás, quando foi fazer tomografia na companhia de sua mãe, essa proibiu terminantemente de colocarem esse medicamento na veia de sua filha.
Nesse dia porém ela não estava lá. Marina está tremendo de frio e de nerovosismo. A agulha foi o de menos, mas aqueles tubos bizarros presos com esparadrapo no seu lindo bracinho era o que incomodava. Logo já imaginava que sua secrete doença cardíaca se mafestaria com o uso do Contraste. Seu braço está doendo e ela está chorando que nem uma idiota.

23:00 - Marina é atendida. Entre segura na sala. Entra no tubo. Antes, porém, um carinha diz que ela pode abrir os olhos. Ela responde um "sim" com os olhos fechados. Agora de fato entra no tubo. Barulhos bizarros começam a se manifestar. E o que ela fazia? "Pai nosso que estás no céu..." e "Ave Maria cheia de graça...". Em um determinado momento, pensou que poderia haver uma moeda escondida em seu bolso e então, tudo estaria perido. A moeda ficaria presa no campo magnético da máquina que nunca mais será desligado e todos morreriam ali mesmo. O corpo todo treme. Barulhos bizarros.

23:40 - Marina ouve um pedido para levantar a sua cabeça. O carinha então pergunta se ela ficara com os olhos fechados o tempo todo. Ela diz que sim e mais algumas palavras incompreensíveis. Agradece ao carinha e vai embora. Procura seu pai e de repente, fica muuito tonta e muuuito enjoada. E pior, está sem seus óculos.
Seu pai surge logo depois e ela está tentando se recuperar da tontura. O mocinha da medicação tira os tubos dela e lhe diz algumas coisas das quais não compreendera. Ela nem conseguia falar tamanha confusão.
Marina não comia desde as 13:00 da tarde e isso é muito ruim. Vai com seu pai para cantina e pensa se ao tomar a coca-cola essa não reagira com o contraste ainda presente em seu sangue e aí sim, ataque cardíaco. Mas, pensando bem, ela não sabia de medicina tanto assim.

00:00 - Marina e seu pai encontram o táxi que chamaram. São meia noite, a chuva está forte e eles estão em Saracuruna.

Chegaram em casa são e salvos.

Eu espero estar sã mesmo, só esperar o resultado dos exames.

2 comentários:

  1. "Marina não comia desde as 13:00 da tarde e isso é muito ruim"
    Adoro o perigo da comida!

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  2. fiz ressonância e não é nada de mais,as pessoas tem um pavor sem sentido.

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