Aprendi, sabe-se lá como, que jamais faria promessas. Um dia, minha antiga namorada pediu que eu dissesse que a amava e eu disse: eu te amo. hoje.
Ela me olhou com tamanho descrédito que a noite virou um incômodo silêncio do fim.
Às vezes, sozinha, andando pela cidade num ônibus qualquer - parecem ser os ônibus a extensão da minha vida e sua metáfora: me levam pela cidade em que cada caminho vira minha história e ora ele fica cheio e vazio de pessoas. E lá está meus pensamentos, pensei: viver um dia após o outro.
E essa tal resolução não significa nada. Até porque eu não consegui jamais entender os conceitos de certo ou errado; melhor ou pior; bom ou ruim.
Eu sou o exemplo de sem rumo. Na verdade, eu tenho o rumo das minhas vontades. A única coisa que me guia é o sorriso e as lágrimas dos outros.
O viver um dia após o outro é a coisa mais ridícula do mundo. É mais uma daquelas frases que evidencia nossa incapacidade de ter o verdadeiro conhecimento do mundo.
E eu não sou livre! A sociedade tenta vender a liberdade o tempo inteiro e nos joga aonde? Onde nos jogamos? Como eu queria perceber o mundo! Qual dos sofrimentos vou querer: da ignorância ou da descoberta?
Oh Céus, vivemos tanto para chegar a conclusões como: viver um dia após o outro?
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