quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
jardins da babilônia
as cidades não vão parar de crescer - crescer tanto até se destruírem e virarem blocos de metal vazios. falam tanto em desenvolvimento, em obras megalomaníacas, em redes sociais e eu me pergunto: o que isso me representa? voto por votar, trabalho por trabalhar e tudo que eu mais queria agora era só um pouquinho de silêncio. nem mesmo a minha música favorita - será tão querida assim? - me faria ter paz, até mesmo pq o ventilador também faz barulho na hora de dormir. é tão complicada essa situação de depender e querer ser livre: o que seria de mim sem todas as tecnologias? o que seria de mim se algo dentro de mim não gritasse: qual caminha você está tomando? como nada é de graça, todas as imagens e sons estão vendendo uma vida que não é e jamais será minha - mesmo que eu esteja indiretamente inserido nesse processo, uma vez que estou vivo. penso, logo compro. tanta seriado, tando reality-show, enquanto nós mesmos nem sabemos de qual realidade aquilo está se referindo. se você sabe de tudo - de economia à astronomia - me conte tudo sobre o mundo que estou construíndo.
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