terça-feira, 13 de julho de 2010

Deserto




A voz explode, mesmo baixa
sussurrada, palavras fortes
Tentam morar em mim
Mas não sou casa
Sou pousada, temporada e seu fim

Não entendo o medo do presente
Futuro um dia, agora existente
Ainda obscuro
Pela covardia do amanhã

A voz presente
Suas palavras em mim povoam
Mas não fincam raízes pois aqui morrem
Numa temporada
Presente é casa, fica mesmo na lembrança
de quando se quis viver.

Marina Moreira.





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